27 de Janeiro de 2019.

Exposição HOMO MACHINA

Exposição "Homo Machina" reúne obras de Paulo Favalli no Margs.
Primeira individual do artista e cirurgião plástico aborda a anatomia humana.
 
Com curadoria de José Francisco Alvares, “Homo Machina - Esculturas de Paulo Favalli” pode ser conferida a partir da noite desta terça-feira, nas Salas Negras do Margs (Praça da Alfândega, s/nº), em Porto Alegre. Em sua primeira individual, o artista e cirurgião plástico se debruça sobre a anatomia humana. A mostra segue em cartaz até 13 de março.
 
Favalli modela partes do corpo em barro ou plastilina e as funde em bronze. Depois, ele opera uma simbiose deste bronze corpóreo em junção com peças mecânicas, tanto analógicas quanto digitais. Deste processo resultam obras híbridas, que unem técnicas escultóricas tradicionais da modelagem e fundição com procedimentos contemporâneos de apropriação e assemblagem (montagem), remetendo ao clássico conceito homem-máquina, na ficção científica conhecido como Ciborgue.
 
Para o curador, “dentre as inúmeras abordagens que sua obra desperta, vemos em primeiro lugar a união da tradição acadêmica escultórica com a arte contemporânea. Favalli domina totalmente a modelagem da anatomia humana, à luz do academismo europeu do modelo vivo e do estudo com cadáveres”. Ele cita como exemplo a Escola de Belas Artes de Lisboa, que oferecia disciplina de anatomia e dissecação de cadáveres aos futuros artistas, diretamente na Faculdade de Medicina. Autodidata em modelagem e desenho, seu conhecimento do corpo humano tem uma boa base científica. Filho de psicanalista, já na infância os livros de anatomia o fascinavam.
 
Esta produção reivindica ainda mais sobre tradição escultórica. A contemporaneidade molda o produto final e agrega o impacto da tecnologia que nós criamos e podemos empregar em nós mesmos. Um futuro que já fricciona o presente, o “homem-máquina”, que vai ao encontro de outro interesse do artista, o cinema SciFi, a exemplo dos filmes de Kubrick, Ridley Scott, Spielberg e George Lucas, entre outros.
 
Em seu “Gabinete de anatomia high tech”, Favalli apresenta músculos e tendões com reforços mecânicos; olhos como máquinas fotográficas; cérebros com hard disks; corações com pistões e circuitos diversos. São membros e órgãos que recebem “melhorias” tecnológicas, em um futuro antecipado pela ficção científica: os ciborgues. “Esta junção de materiais eletromecânicos às funções orgânicas de nossa anatomia também nos faz refletir sobre este tema tão constante e universal”, declara Paulo Favalli sobre sua produção.
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